segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Livros: "Muito Mais que uma Princesa" - Laura Lee Guhrk

Muito Mais que uma Princesa
Muito Menos que o Esperado
   Esse é o primeiro romance histórico que leio que não foi escrito pela Patricia Cabot. Então cometi o terrível erro de compará-la à Laura Lee Guhrke, escritora do Muito Mais que uma Princesa, o que não recomendo a quem for ler este livro. Mesmo assim tenho que confessar que foram as 341 páginas mais longas que já li, embora tenha rido muito com os personagens em alguns pontos da história.
   A protagonista Lucia é uma mulher de personalidade forte, sonhadora e determinada, além de manipuladora. Como é filha bastarda de um príncipe, seu pai tenta escondê-la durante sua vida inteira, e, como resposta a isso, Lucia tenta chamar a atenção para si das maneiras mais escandalosas possíveis. Foge, rouba, vai a festas, fuma, provoca escândalos. A gota d'água foi quando envolveu sua meia-irmã, a filha legítima do príncipe e verdadeira princesa, em uma de suas confusões. A partir daí seu pai resolve casar Lucia, para passar a responsabilidade dela para o marido. E contrata para isso Ian, um diplomata conceituado que não fica nada feliz em servir de casamenteiro para a filha bastarda de um príncipe. Lucia está disposta a só se casar por amor e de não ter um casamento arranjado, e dedica seu tempo livre a amolecer o coração duro de Ian, que só pensa em casá-la para retornar ao trabalho. Mas, com o tempo, ele já não resiste às tentações de Lucia. E... Bem, já da para entender com quem ela vai querer se casar, não é?
   Eu ouvi falarem horrores desse livro antes de lê-lo, e pensei que fosse melhor. Li em muitas resenhas que Ian demora muito para largar o jeito ultra-hiper-mega-super-certinho e se entregar, mas quando se entrega se entrega com força. Só agora eu entendo este "com força". É no sentido literal, ele literalmente se joga com toda a força contra Lucia. Pobresinha, ela deve ter ficado mais roxa que Bella depois de noite de núpcias.
   Também fiquei preocupada com isso antes de ler o livro. Me falaram que as cenas picantes eram muito pesadas, e até que era verdade, se não fosse pela longa demora. Para acontecer o primeiro beijo do casal (um mero beijinho de meio segundo!), demorou mais da metade do livro. Para a coisa andar então! A culpa foi de Ian, claro, que não largava o estilo super-certinho. A respeito dele, posso dizer que é um retardado. Não que ele não seja super fofo, romântico, bonito, inteligente, trabalhador; mas ele só é assim por dentro. Por fora ele é uma estátua. Uma pedra morta e sem vida. Ele faz questão de (não sei porque) não demonstrar o que está sentindo. Nunca. A impressão que temos é que ele não é homem, para não se entregar a toda a enorme sedução feita por Lucia, que só faltava ficar pelada na frente dele de tanto que apelou. Isso até que o foco da narração mudasse para Ian, aí vemos que por dentro ele está louco.
   Mal balanceado, o livro tráz muito tempo dessa enrolação do Ian, ele guarda todos os seus sentimentos para a última fala do livro, o que faz o mesmo parecer clichê. É extremamente lento! Se Laura não tivesse o poder de nos deixar tão curiosa, eu diria que o romance é intediante. Está aí mais um exemplo do mal balanceamento do livro. Ele passa de monótono e entediante a erotismo declarado. Achei a mudança um pouco brusca.
   Mas nem tudo é ruim. Além de ser muito engraçada a disputa entre Lucia e Ian para ver quem está no controle, aprendemos muitas dicas sobre como usar o jeitinho feminino para conquistar qualquer um. Isso Lucia tira de letra. E o livro mostra de uma maneira clara e bem humorada as diferenças de casa sexo, e como nos sentimos a respeito do sexo oposto. Nesse ponto Laura ganhou o meu respeito e muito! Uma declaração sincera sde como são as relações amorosas.
   É, no fim, fico no meio a meio. Recomendo para quem está intediado.

Pensamentos: traduzindo...

A principal razão pela qual eu saí da igreja e não entro mais em nenhum outro culto foram as mesmas ideias batidas que eles repassam a 2000 anos. “Ame Deus”, “Deus é o senhor” (essa é a pior), “Tenha Deus no coração”, “Deixe Deus guiar seus passos”. Todas as igrejas de qualquer religião cristã repete isso em seus cultos cansativamente e, enquanto isso, eu só consigo assistir calada, pensando: “Não consigo amar Deus assim do nada”, “Deus é o Senhor? Que diabos você quis dizer com isso?”, ” O que implica ‘ter Deus no coração’?, “Como faço para deixar Deus guiar meus passos?”. Os padres e missionários não desenvolvem a ideia. Ficam com o mesmo textinho batido de sempre, como se a história parasse por aí, nesse “Ame Deus (e pronto!)”. E só consigo ficar imaginando como esse texto tão raso pode fazer tanto sentido pra eles. Para mim é tão incompreencível! “Talvez”, penso, “nem eles dever entender, devem seguir aquilo segamente, sem perceberem o que estão fazendo”.
Mas, agora que pesquisei e filosofei, descobri o que significa essas frases batidas, desenvolvi a ideia. E ah! Se as pessoas soubessem como é bonito o significado de “Tenha Deus dentro de si”!. Significa algo que até um ateu gostaria de seguir.
Deus te criou e criou o mundo, além do universo e tudo o que existe nele. Sendo assim, Ele entende os outros 90% da física que ainda não entendemos, todas as verdades do mundo que ainda não sabemos, tudo o que o ser humano descobriu e o que não descobriu; por que foi Ele quem criou tudo isso. Ele é a verdade.
Então, desejar a uma pessoa que ela carregue Deus dentro de si é desejar que ela tenha a verdade, e somente a verdade, dentro de si. É desejar que, nesta vida, a pessoa encontre cada vez mais certezas, ou seja, que ela fique cada vez mais perto do conhecimento e da verdade. Eu acredito que, sabendo a verdade de tudo você saberá o que realmente importa na vida, e será mais feliz. Então, fiquem com Deus!
Mas me digam, por que não dizem isso nas igrejas?!